sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Rios Grandes

Dois Rios Grandes, bem grandes. Um país enorme entre nós. Muitas horas até lá. Bastante. Quatro mil quilômetros que nos separam geograficamente de nossas práticas. E cá estou eu. Porto Alegre. Começa aqui a nossa jornada de troca entre Clowns de Shakespeare e Ói Nóis. Depois de alguns ajustes cibernéticos e celularísticos, finalmente tivemos o nosso primeiro encontro presencial para amarrarmos os detalhes do nosso projeto.
Dessa vez estou hospedado na casa do queridíssimo André Neves, autor e ilustrador do livro O Capitão e a Sereia, que originou o nosso espetáculo homônimo estreado em 2009 e que apesar de pernambucano já fincou suas raízes também em terras gaúchas. André é uma dessas pessoas especiais que o teatro nos coloca diante da nossa história.
Presenteado com um pôr-do-sol incrível às 20:15h, estava eu a esperar o ônibus que trazia o público que assistiria junto comigo o espetáculo Viúvas, do Ói Nóis. Dali, seguimos num barco que nos levou até a Ilha do Presídio, local da apresentação. O trajeto e o barco que nos conduziu eram um espetáculo à parte. Isso renovou minhas energias e escondeu o meu cansaço. Ter visto mais um espetáculo deles foi importante para entendermos ainda melhor o nosso projeto juntos. Só havia visto, como César colocou em seu post anterior, o Santo Amargo da Purificação, em São Paulo. É o bastante pra identificar o traço estético, a pesquisa, a força e a importância que eles têm na história do teatro brasileiro. Temos muito o que investigar e dividir. Isso é ótimo!!!
No dia seguinte, nos encontramos na casa da Tânia. Lá, estávamos eu, como representante dos Clowns, Paulo, Tânia e Marta, a única que eu havia trocado idéias e contatos até então. De forma bem prática e objetiva colocamos na roda as idéias que havíamos levantado entre nós em Natal e discutimos juntos a partir do que eles também haviam pensado e também conversado. Conseguimos encontrar um formato que acho bem bacana para nossos trabalhos. Questões práticas de logísticas, produção local para as atividades que realizaremos tanto em Porto Alegre quanto em Natal, seminários, formas de registro do processo, oficinas, tudo isso parece ser bem mais fácil de visualizar e definir. No entanto, apesar de ainda não sabermos qual formato adotaremos no momento em que os dois grupos estiverem em sala de trabalho, certamente será o instante em que a troca fluirá normalmente.
Optamos usar essa ferramenta (Blog) para publicizar todo o decorrer de nossos acertos virtuais até os encontros práticos. Vamos registrando aqui com detalhes as conversas que surgirem até lá.
É muito bom ver que temos em nossas mãos um projeto que potencializa muito o nosso olhar sobre o que fazemos dividindo a experiência com um grupo como o Ói Nóis.
Mala quase pronta e também bem objetiva, é hora de voltar pra casa. Até!!

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