domingo, 10 de abril de 2011

De um olhar solitário do outro Rio Grande

Por decorrência de outros compromissos profissionais, acabei impedido de ir a Porto Alegre participar desta primeira etapa da troca com o Ói Nóis... De Natal, ando acompanhando tudo o que vem sendo postado no blog, triste e com uma boa inveja dos meus companheiros que estão nesta troca tão desejada por nós, em especial por mim e pela Taninha, de onde começou essa vontade de tocarmos um projeto juntos.

Dia a dia tenho lido e assistido o que se passa em Porto Alegre, e por já conhecer muito bem a nossa prática, vou tentando fazer uma leitura à distância do que vem acontecendo, do quanto estamos crescendo com essa troca com nossos pares gaúchos. Os relatos mais recentes, em especial, têm apontado caminhos muito bonitos desse encontro entre Rios Grandes.

No entanto, outra reflexão acompanha cada novo post que leio/vejo: se não estou enganado, não tivemos nenhum comentário até agora neste blog. Disto, muitos questionamentos povoam a minha mente: a quem realmente interessa essa troca que estamos fazendo? Como fazer com que essa riqueza de conhecimento construído possa ultrapassar as paredes da Terreira e do Barracão Clowns? Por que me pego questionando o porquê da aparente falta de interesse das outras pessoas, se eu mesmo não tenho entrado nos blogs dos outros projetos do Rumos, vários deles de parceiros muito próximos como o Bagaceira, Cia. Brasileira, Magiluth, e tantos outros?

De tudo isso, acho que o que urge é a necessidade de conhecermos realmente mais proximamente a prática do outro - e não falo apenas desses grupos contemplados pelo Rumos - e, a partir daí, nos lançarmos a buscar um nível de intercâmbio e inter-relações que até agora não conseguimos. O encontro de agosto em São Paulo com certeza será muito rico nesse sentido, mas ainda assim é pontual e é preciso existir um limite da atuação do Itaú Cultural; a partir de certo ponto, a responsabilidade deve ser nossa!

Em meio à ressaca que ainda insiste em nos consumir desde a catástrofe soteropolitana do Redemoinho, acredito que esse caminho de aproximação pela nossa ética, pelas nossas poéticas, e pelos nossos sonhos, precisa ser trilhado...

Enfim, reflexões de um clown que, longe do furacão das belas trocas portoalegrenses, fica à distância tentando contribuir de alguma forma...

Merda, queridos!

Um comentário:

  1. Faço mestrado pesquisando teatro e música e a leitura do blog tem sido muito rica pra minha pesquisa. O registro das atividades de vocês não foi em vão e ainda vai ajudar muita gente!
    Merda!

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