terça-feira, 16 de agosto de 2011

Intercâmbio - Dia 04 – Tarde e noite de terça

O começo do trabalho se deu com um exercício com bastão. Numa roda, um at(uad)or ia para o centro e começava a passar o bastão para os que estavam na roda, e recebia de volta, até que alguém se habilitasse a “tomar o foco” e passar ao centro. Quem estava anteriormente no centro precisa voltar a um lugar diferente daquele que o que entrou desocupou, e a roda precisa se reorganizar diante dessa nova formação. O grupo se dividiu em duas rodas menores para fazer esse exercício.

Em seguida, sob condução da Marta, foi feito um trabalho físico de exploração das partes do corpo. A indicação inicial foi que cada dedo dos pés eram pincéis, e pintavam o Barracão, com diferentes intensidades, diferentes formas, diferentes cores. Depois, o mesmo com os joelhos, quadril, peito, ombros, mãos, cabeça e finalmente todo o corpo. A partir daí, estes movimentos deveriam tomar forma de uma dança pessoal.

Finda a preparação, partimos para a continuação do trabalho em cima do exercício cênico a ser apresentado amanhã, mais ou menos naquela mesma estrutura: a partir do que já existia construído em Porto Alegre, as cenas iam sendo mexidas, discutidas, propostas, até chegar a um nível de acabamento ainda parcial, mas suficiente para seguir em frente.

Acho um tanto difícil, e principalmente chato, descrever o que foi feito nessa etapa. Lembro dos diários do Galpão, quando foram publicados, como eram maravilhosos quando tratavam de questões mais amplas das dificuldades, do pensamento que envolvia o processo de montagem, e como era tedioso ler “que ensaiaram tal cena, e decidiram trocar o lado pelo qual o personagem tal entrava, etc.”.

Diante disso, opto aqui por fazer uma descrição mais sucinta dessas longas horas de concepção da cena, nas quais esse desgaste de tempo, experimentações de tentativa e erro são tão necessários – e nesses processos de criação coletiva ainda mais! – para o surgimento da potência cênica que desejamos.

Bom, enquanto esse elocubração se desenvolvia, os meninos finalizaram o trabalho em cima do exercício Jogo-Medeia, ainda sem passar por todos os fragmentos, sem limpar e muito menos organizar como será a demonstração aberta. Fica tudo pra amanhã.

Antes de terminar, o Marco ainda trabalhou o arranjo instrumental do “Ai, ai, ói Nóis Aqui Traveiz”, e mesclou com o arranjo vocal. Demorou um pouquinho, mas ficou muito gostoso, vai terminar as apresentações (daqui e de SP) bem pra cima, celebrativo.

É isso. Amanhã vamos fazer os últimos ajustes, pra mostrar pro público um recorte do que foi esse nosso encontro.

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